Historicamente a família Arruda tem suas raízes em Portugal onde teve grande destaque, principalmente no que diz respeito à arquitetura. São inúmeros os monumentos e obras que, de uma maneira ou de outra, se ligam aos Arrudas. Em Évora, o Aqueduto do Prata, com nove quilômetros de extensão, destaca-se como um dos mais característicos monumentos arquitetônicas de que é dotado, foi construído por D. João III, de 1531 a 1538, com a cooperação eficaz dos abastados Arrudas, assim como rezam os registros de sua construção.
E em Lisboa um de seus mais famosos monumentos, a Torre de Belém, erguida na foz do Tejo para perpetuar a epopéia das navegações lusitanas, teve, como Arquiteto, Francisco de Arruda. Outras obras como a Fortaleza de Moçambique, Poços de Enxobregas, Santarém, Almeirim e Muge, estão vinculadas a outros arquitetos como: Diogo de Arruda, Pedro de Arruda e João de Arruda.
Fora de arquitetura, encontramos um Arruda, estudioso em assuntos genealógicos, que viveu na ilha de São Miguel dos Açores, com o nome de João de Arruda Botelho e Câmara, sendo mais conhecido com a alcunha de "morgado João de Arruda". Nasceu em Ponta Delgada, Arquipélago dos Açores, em 1774 e faleceu na mesma Ilha, no ano de 1845. Escreveu os seguintes livros: "Instituição Vinculares de muitas famílias de São Miguel" e "Índices dos livros de Registro da Câmara Municipal de Ponta Delgada".
No clero, destaca-se um Arruda com o nome de Frei Jácome de Arruda, da Ordem Franciscana. Exerceu o cargo de Porteiro-Mor do Convento de São Francisco de Lisboa. Porém, em virtude de um conflito religioso, com o seu Provincial Frei Francisco Noé, o Cardeal Dom Henrique o desterrou para Mosteiro. Faleceu em 1587, com 80 anos de idade.
Na medicina, encontra-se o Dr. Manoel Monteiro Velho Arruda, que também se interesou pelos assuntos relativos à história. Nasceu a 05/12/1873, na Vila do Porto da Ilha de Santa Maria dos Açores. Publicou vários trabalhos históricos na Revista "História de Lisboa". No ano de 1932 levou ao público uma Coletânea de documentos relativos ao descobrimento e povoamento do Açores.
Nas ciências biológicas encontramos Francisco de Arruda Furtado - Biologista e Investigador Científico. Nasceu em Ponta Delgada a 17/09/1854, tendo falecido no mesmo lugar a 21/06/1887. Era possuidor de uma sólida e vasta cultura científica, tendo publicado os seguintes trabalhos: Zoologia (Mutacologia) - Indagação sobre a complicação das maxilas de alguns Hélias - em 1880; A propósito da distribuição dos Moluscos Terrestres nos Açores, em 1831; Notas Psicológicas e Etnológicas sobre o Povo Português; Estudos Arroenológicos e o Homem e o Macaco, em 1886.
O Município de Arruda é um dos mais antigos do país, tendo recebido o seu primeiro foral em 1160 e um novo em 1517, doado por D. Manoel. O seu primeiro Barão foi Bernardo Ramires Esquivel, tendo recebido o baronato a 17/12/1801. O terceiro Barão de Arruda foi Bartolomeu de Camboa e Liz, que não tinha nenhum grau de parentesco com o primeiro e segundo Barões de Arruda. Nasceu a 10/10/1778 e faleceu a 26/03/1870. Era filho do Capitão-Mor de Arruda, ligado ao Santo Ofício. Foi Par do Reino, por carta de 01/09/1834. Foi ainda Cavalheiro Fidalgo da Casa Real e cavalheiro de Cristo.
Vimos que, a maioria desses ilustres portugueses, acima citados, tiveram a bucólica e tranqüila Ilha de São Miguel dos Açores como seus berços de origem. O mesmo ocorre com AMARO JOSÉ DE ARRUDA, objetivo deste livro, que aportou as nossas terras no descambar do Século XVIII. Filho de Pedro de Viveiros e se sua mulher Dona Francisca dos Anjos. O moço português contraiu núpcias com Dona Maria da Conceição, natural de Mamanguape, Paraíba; filha do Capitão José Ferreira da Costa e de sua mulher D. Maria Colaça.
Os recém-casados deslocaram-se de Mamanguape para o lugar "OITICARÁ". Lá se instalaram numa fazenda de plantar e criar, às margens do rio Contendas. As terras da Fazenda pertenciam aos domínios da antiga Fidelíssima Vila de Januária, hoje Sobral. Atualmente pertencem à jurisdição política do Município de Massapê - berço dos Arrudas cearenses. Depois adquiriram o "sítio Barra" encravado no planalto da Beruoca, hoje denominada "Meruoca".
Um dos filhos de José Francisco de Arruda, João José de Arruda, tornou-se abastado proprietário, na região de Pacatuba. casou-se com sua aistinta Senhora, Dona Maria José da Conceição, natural de Cauípe, na ribeira cearense do Ceará. Do casamento nasceram os seguintes filhos: Rita Francisca de Arruda, Pedro José de Arruda, Maria de Arruda, Izabel Maria de Arruda, Santilha Maria de Arruda, Manoel José de Arruda, Vicente José de Arruda, Antônio José de Arruda, Francisco José de Arruda e Luiz José de Arruda.
Destes dez filhos, apenas temos notícias da descendência de Dona Rita Francisca de Arruda que nasceu na localidade de Suipê, próximo à cidade de São Gonçalo do Amarante. Casou-se com Valdivino Bandeira de Oliveira, natural do Rio Grande do Norte, da localidade de Pilar. Do casamento nasceram os seguintes filhos: Crisanto José de Arruda, Clarinda de Arruda, João José de Arruda, Santilha Maria de Arruda, Manoel José de Arruda, Dionísio José de Arruda, Maria Cristina de Arruda, Raimundo José de Arruda, Vicente José de Arruda, José Francisco de Arruda e Francisco José de Arruda.

Liana Collyer Arruda de Moura
Francisco Geovanni Arruda Carneiro
Francisco Arruda Carneiro
Francisco Linhares Arruda